quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Novas metas são compromissos do Estado - FOLHA DE PE


De fato, o Governo do Estado vem mostrando eficácia no que diz respeito à preocupação com os abrigos onde boa parte dos idosos se encontra. Contudo, ainda existe muito a ser feito. E a pretensão é evoluir no trato da qualidade das condições destes lugares, bem como ampliar o número de instituições existentes, a fim de que estes cidadãos, quando tiverem idade mais avançada, possam sentir-se seguros de procurar um “cantinho” para continuar a vida.

“Temos recebido muita gente que denuncia casos de agressão. São vizinhos que ligam, ou parentes mais distantes que querem prestar queixa. Muitos velhinhos que estão ‘perambulando’ nas ruas, sem destino, também são alvos de ligações. Todos estamos preocupados com esse fato. Então, nossa meta (do Governo) é fazer um levantamento nos abrigos para sabermos quantos idosos estão nestes locais e avaliar as condições das instituições”, revelou a Presidente do Conselho Estadual do Idoso (Cedi-PE), Niedja Guimarães.

Ainda de acordo com a gestora, na última pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2008, havia 93 abrigos no Estado. Um número que dá margem à superlotação. “Recife, depois do Rio de Janeiro e de Porto Alegre, é a cidade com mais idosos do Brasil. Então, precisamos de mais locais para abrigar esses velhinhos, que estão em uma idade mais vulnerável. Portanto, muitos ficam propensos a mais casos de maus tratos. A gente sabe que existem casos desse tipo, até entre os próprios idosos”, destaca Niedja.

Outro grupo que se enquadra no posto de agressor, muitas vezes, é o de cuidador. Preocupado com o tema, o Estado criou o Centro Integrado de Atenção e Prevenção à Pessoa Idosa (Ciapi). “Lá, atendemos os idosos e também capacitamos os cuidadores. Organizamos palestras, debates. A discussão de políticas públicas levanta a autoestima deles (idosos). Afinal de contas, é importante que eles estejam inseridos nos assuntos que dizem respeito a eles mesmos”, pontuou.

Outra medida também explicitada por Niedja diz respeito à legalização da profissão de cuidador. Ela justifica, alegando que, à medida que a prática torna-se institucionalizada, o compromisso aumenta e os funcionários têm como cobrar melhores condições. Ainda com relação ao mercado de trabalho, existem propostas para capacitação dos idosos.

“Queremos inseri-los no meio profissional, mesmo que eles já estejam aposentados ou não. Hoje, já temos um índice grande de pessoas com mais idade e que trabalham. São produtivos, querem continuar, às vezes, na profissão que sempre seguiram. Então, estamos trabalhando para aumentar esse índice”, completou.





 
Atenciosamente,
Equipe CEDI-PE

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